Elisabete Pereira's Blog...

Blog para reflexão das aulas de Tecnologias Educativas

terça-feira, julho 25, 2006

Reflexão final sobre Tecnologias Educativas...
Olhando para trás...
Olhando para trás e observando o caminho percorrido em Tecnologias Educativas, considero que fiz grandes progressos. Não só no saber utilizar as tecnologias, mas também no saber escolher uma tecnologia educativa. Foi uma disciplina que nos deu imenso trabalho e que muito nos exigiu. Por mais que isso nos assusta-se algumas vezes, julgo que nos permitiu evoluir bastante.

Vantagens...
O uso das Tecnologias Educativas alargou bastante o leque de possíveis caminhos a percorrer para abordar uma determinada matéria. Numa altura em que o ensino expositivo já não tem sentido, e em que os papéis de professor e aluno têm uma dinâmica diferente, é vantajoso conhecer todas “as armas” de que dispomos para poder proporcionar aos alunos um ensino mais eficaz.

Desvantagens...
Foi interessante analisar não só as VANTAGENS, mas também as DESVANTAGENS de algumas tecnologias educativas, especialmente em relação à Internet, Power Point, e Softwares Educativos. Particularmente nestas duas últimas tecnologias, não tinha noção do quanto prejudiciais podem ser, logo, foi bastante útil a sua abordagem.

Utilidade...
Outro aspecto que considerei bastante interessante foi avaliar a utilidade das Tecnologias Educativas. Ao longo de algumas aulas e na preparação do nosso trabalho final, tivemos de avaliar até que ponto se devem usar as TIC. Ou seja, por mais que sejam aliciantes, temos sempre de considerar que uma determinada matéria pode ser MELHOR abordada sem o uso de tecnologias. Este, é um grande desafio para os professores, saberem qual a melhor maneira de poder "FAZER APRENDER" algo aos alunos.
Outro facto que devemos ter em conta é fazer uma comparação entre uma tecnologia antiga e uma tecnologia nova para aferir qual delas melhor se aplica a cada objectivo.

O fiel amigo computador...
Seria impossível não falar no computador, o nosso amigo (nem sempre!) e companheiro inseparável das aulas de TE. Depois de um semestre em constante contacto, muitos “mitos” se desvaneceram e muitos obstáculos se ultrapassaram. Afinal, a máquina tem sempre razão, e só faz aquilo que nós pedimos! Penso que foi interessante termos “dissecado um computador” e analisado o seu interior.
As análises que fizemos das perspectivas de Seymor Papert e de Clifford Stoll relativamente aos computadores, deram-nos a oportunidade de estar dos “dois lados da margem” e poder começar a construir uma opinião própria sobre este assunto.
O computador é sem dúvida uma das mais vantajosas e úteis tecnologias educativas.

Trabalhos realizados...
Julgo que foi um semestre bastante produtivo pois abordámos uma grande variedade de tecnologias e temas relacionados.
Os trabalhos que mais gostei de realizar foram: a criação do Blog, análise perspectivas de Papert e Clifford, leitura do livro Família em Rede", os orçamentos para um computador e para a Internet, a realização de Webquest, exploração do Google Earth, criação do mini-projecto educativo, a história da Internet, páginas HTML versão coders, comentário às apresentações electrónicas, tratamento de imagem digital e planificação da aula sobre Sistemas de Classificação dos seres vivos".
De todos eles alguns foram mais custosos: a realização do trabalho final, a pesquisa para o Documentário sobre a Reserva Natural do Estuário do Sado, a realização de Webquests, orçamentos para o computador e Internet,

Reflexões...
Gostei bastante de ter tido oportunidade de fazer reflexões sobre os trabalhos realizados. Julgo que foi uma forma de "pararmos para pensar um pouco", organizando o nosso pensamento e as nossas opiniões e perspectivas.

Aulas
Como abordámos várias temáticas as nossas aulas foram sempre muito dinâmicas e é de salientar a grande inter-ajuda que existiu na turma.
O facto de termos feito apresentações à turma de alguns trabalhos foi bastante útil. Por um lado treinamos a nossa postura e interacção perante um público, por outro, aprendemos sempre com as correcções. Quando concluímos algum trabalho temos sempre a noção de que tudo está correcto mas, quando o confrontamos com outras opiniões, verificamos que ainda há aspectos a corrigir e a melhorar.
O facto de termos tido o moodle como plataforma de aprendizagem, foi extremamente útil e dinâmico. Tínhamos à nossa disposição bastantes recursos.

Limitações...
Ter Tecnologias Educativas apenas num semestre torna-se pouco e fiquei com a sensação que muito mais poderíamos ter aprendido. Numa época em que as Tecnologias Educativas estão em expansão, muito há para aprender. Naturalmente que não podemos esperar que apenas numa cadeira possamos abordar "tudo", e é nosso dever como professores continuar a trabalhar na nossa "literacia e fluência tecnológica".

Reflexão sobre o trabalho final de tecnologias educativas...
O objectivo inicial proposto para a realização do trabalho final de Tecnologias Educativas era leccionar uma aula onde seriam utilizadas tecnologias de uma forma útil e vantajosa. E esta foi uma das dificuldades que tentámos ultrapassar. Não bastava usar uma tecnologia para abordar determinada matéria, mas também pensar se essa tecnologia não seria dispensada, sendo a aula mais eficaz sem o uso das TIC.
Julgo que a vídeo-conferência e o Webquest foram duas tecnologias educativas que foram uma mais valia para a aula. No caso das chaves dicotómicas, houve grande debate acerca da sua melhor utilização. No caso das chaves dicotómicas com folhas é preferível ter as folhas em mão em vez da sua visualização no computador. No entanto, para várias espécies, como não é possível trazê-las para a sala de aula, o uso de imagens projectadas pode ser uma boa alternativa.

Realizar este trabalho final foi uma forma de treinarmos mais um pouco as PLANIFICAÇÕES. Julgo que estas perdem algum sentido na medida em que “tentam prever tudo”, quando o decurso das aulas depende de vários factores, nomeadamente da maneira como os alunos fazem as actividades propostas.
A nível da planificação julgo que foram abordados muitos conteúdos. Numa aula “verdadeira”, torna-se necessário “fazer pausas” na matéria para verificar os conhecimentos dos alunos e/ou cimentá-los.
Não se pode esquecer também de que os nossos “alunos” eram os nossos colegas, logo, ficaram longe dos “verdadeiros alunos do 11ºano”, facto que também nos ajudou a seguir a planificação como estava estipulada e por outro lado não tivemos a noção das dificuldades que poderiam aparecer.

Apesar da nossa planificação ter contemplado um falso “crash”, ocorreu um verdadeiro “crash”. Este facto remete-nos para outra dificuldade que tem de ser prevista e ultrapassada pois, as tecnologias também falham e, nesses momentos, é necessário ter uma alternativa pronta. Uma planificação deve sempre prever estas situações. Nestes casos, uma boa alternativa prevista é sempre uma mais valia.

Considero muito positivo que a nossa planificação e as dos nossos colegas também, tenham abordado a AULA de uma forma dinâmica e centrada no aluno. Lembrando as aulas que tive no ensino básico e secundário, julgo que grandes progressos se estão a fazer. Os papéis do aluno e professor tomam novas dimensões e nós, como futuros professores estamos no caminho certo dessa mudança.

Os comentários e críticas à nossa aula foram uma forma de nos apercebermos dos erros a corrigir e também dos aspectos mais positivos. Ao realizarmos a planificação tudo nos parece correcto, por mais correcções que façamos. Existem sempre erros que “nos escapam”. Ter outras opiniões e comentários servem para alargarmos os nossos pontos de vista e tentarmos melhorar o nosso trabalho.

Visto que foi a primeira aula que leccionei, sei que muito há para corrigir e melhorar.





Reflexões sobre leituras...
Devido à extenção das reflexões estas podem ser consultadas no meu portfólio, na pasta das Tecnologias Educativas