Elisabete Pereira's Blog...

Blog para reflexão das aulas de Tecnologias Educativas

segunda-feira, março 20, 2006


Anatomia de um computador...

Nas 2 ultimas aulas de Tecnologias Educativas realizou-se uma pequena "dissecação" de um computador! Pudémos observar os seus "sistemas" e "orgãos internos". Afinal, depois de tantos anos a trabalhar nos computadores, é tempo de começar a compreender melhor como funcionam e com que peças funcionam!!
Palavras como mother board, memória, processador, placas, ships, internal speaker, processador, etc, têm de começar a fazer parte do nosso vocabulário tecnológico!

Depois da cirurgia tecnológica começámos a pesquisar em alguns sites (worten, vobis, inforgália, etc) preços de peças de computadores para fazer um orçamento. Confesso que não sabia que poderia comprar todas as peças em separado e construir um computador em casa!
A escolha de peças é que é mais complicada! Encontrar bom e barato não é fácil! O mais difícil é analisar a descrição e especificações das peças, pois é necessário ter algum domínio de algum vocabulário mais complicado! Para tal, será útil a visita a algum site onde poderemos saber a diferença entre uma memória DDR DIMM e uma memória RIMM!
Este tipo de compra pode tornar-se vantajoso, a nível monetário, a nível de qualidade e a nível de gosto.


Site útil: http://www.build-a-computer-guide.com/build-a-computer.htm

terça-feira, março 14, 2006

Comentário às perspectivas de Seymour Papert sobre Educação…

Seymour Papert, matemático e pioneiro no estudo da inteligência artificial, considera que a escola de hoje deve sofrer grandes mudanças! É um defensor do uso da tecnologia na escola como forma de ajudar os alunos a evoluir nos seus processos de aprendizagem. Tem uma perspectiva oposta à de Stoll, relativamente aos benefícios das tecnologias na aprendizagem.

É a favor da teoria do “hands on”, ou seja, que aprendemos melhor quando experenciamos algo, fazemos algo, ao contrário de nos dizerem como acontece. No caso das ciências, uma aula onde os alunos podem fazer experiências, “vivendo o acontecimento”, será mais produtiva que uma aula expositiva. No nosso sistema educacional dá-se, de facto, pouca importância à prática, sendo uma lacuna que os professores devem combater.

Relativamente ao currículo da matemática dos Estados Unidos, Papert mudaria 90% do seu conteúdo, com o argumento de não ser útil para o mundo de hoje! Muitos alunos se questionam porque aprendem determinadas matérias e qual será a sua utilidade. Os currículos que não promovem uma aplicação prática dos conteúdos tornam, de alguma maneira, a sua compreensão mais difícil e promovem a desmotivação dos alunos. Evidentemente existem certos conteúdos curriculares que não mostram uma aplicação prática mas que nos ajudam a desenvolver o nosso pensamento e raciocínio.

Papert critica o sistema educacional por não averiguar sobre as novas alternativas de aprendizagem que o mundo digital oferece e que deveria pensar os seus currículos pois podem existir outras maneiras de se ensinar algo.
Defende o uso dos computadores na sala de aula, não só como uma ferramenta de aprendizagem mas para desenvolver novas formas de pensamento e de aprendizagem. Considero importante que se analisem todas as possibilidades de meios de aprendizagem numa sala de aula e, se os computadores podem trazer algumas (ou muitas!), começam a tornar-se recursos necessários. Os professores devem apostar na sua Formação ao nível das tecnologias para poderem usufruir das suas vantagens.

Na seguinte frase Papert faz uma dura critica à escola: “…coming to school is always a little traumatic. You’ve got to give up learning and you’ve got to be ‘teached’ and so we put the kid in the seat and say do this.” É uma ideia bastante pertinente! Afinal a escola serve para aprendermos e não o contrário! Então, até que ponto será real esta afirmação?

Defende que deve ser o aluno a decidir o que quer aprender, como aprender, o quando aprender, achando inútil dividir o currículo por idades. Esta perspectiva, um tanto arrojada(!) poderá ter as suas vantagens, pois os alunos ao sentirem que têm algum controlo da sua aprendizagem e poder de escolha, podem ter mais interesse na aprendizagem e desenvolver e/ou descobrir melhor as suas capacidades. No entanto, é discutível até que ponto os alunos devem decidir sobre o seu trajecto escolar e como deverão os professores orientá-los. Esta nova ideia de escola transformará radicalmente os papéis aluno/professor.

Para este matemático, a fragmentação do currículo, para o tornar mais fácil, é uma desvantagem pois torna-o menos aliciante. Além disso, a aprendizagem é algo difícil e acontece melhor quando existem desafios. Os desafios podem ser uma forma de desenvolver as capacidades das crianças, preparando-as melhor para o futuro.

Papert trabalhou com um jovem de uma prisão juvenil, que teve más notas na escola mas, que se revelou um autêntico génio quando trabalhou em ambientes onde tinha tarefas interessantes para fazer.
Existe aqui uma crítica à incapacidade da escola para lidar com crianças problemáticas e em criar ambientes de aprendizagem apropriados, impedindo que desenvolvam as suas capacidades. As escolas devem conseguir aliciar, incentivar e apoiar estes alunos, por mais difícil que seja. O facto de não ter interesse pelas matérias da escola, curriculares, foi motivo para não ter sucesso escolar. Mas o que é o sucesso escolar? Saber apenas a matéria dos currículos??

As perspectivas de Papert são realmente pertinentes e levam-nos a ponderar extensivamente (!) sobre várias questões educativas. Muito se poderá dizer e argumentar sobre as questões deste matemático.


Artigos de apoio

Radio Abc, Julho 2004, www.abc.net.au/sundayprofile/stories/s1144341.htm (14.03.06)
Revista Super Interessante on-line, Abril 2001, http://super.abril.com.br/aberta/especiais/educacao_digital/entrevistas/2.html (04.03.06)

Seymour Papert, www.papert.org/articles/Doeseasydoit.html (07.03.06)

segunda-feira, março 13, 2006

Clifford Stoll vs Computadores no ensino...
(comentário à entrevista do site Education World a Clifford Stoll - http://www.education-world.com/a_issues/chat/chat018.shtml )



Clifford Stoll é um comentador da MSNBC, astrónomo e pioneiro da Internet. Escreveu o livro High-Tech Heretic: Why Computers Don't Belong in the Classroom and Other Reflections by a Computer Contrarian, onde defende que os computadores não devem ser usados na sala de aula!
Na sua entrevista ao site Education World leva-nos a ponderar sobre questões bastante pertinentes sobre o uso da tecnologia.
Refere o facto de existirem professores que por não pertencerem à “geração das tecnologias” se recusam a usar o computador e são por isso criticados. Deverão estes professores aderir às novas tecnologias? Existirão certamente dificuldades mas julgo que tem de haver um esforço em renovar a sua Formação, num mundo em constante mudança e exigência.
Confrontado com a questão “Don't students need to learn how to use computers?”, Stoll julga que existe o risco do uso exagerado do computador, que apenas bombardeia a criança com informação (com excesso de informação!), não levando à aprendizagem e que eventualmente prejudica as crianças nas suas capacidades de escrever, ler, construir textos.
Considera que as pesquisas de informação na Internet podem por em causa a exploração do conhecimento e que diminuem a leitura de livros.
Defende também que os computadores não proporcionam experiências, como as da vida real! É certo que não mas, com o computador podemos contemplar e testar muitas realidades que não podem ser experimentadas ao vivo, como por exemplo fazer simulações, observar animações (divisão de uma célula, multiplicação de microorganismos, etc.). Tudo deve ser usado em conta e medida e como mais um apoio à aprendizagem. Cabe ao professor ajudar o aluno a escolher qual a melhor alternativa. O melhor poderá ser juntar as duas!
Comenta que perto da sua cidade existe uma escola onde apenas 5 dos 35 computadores estão funcionais! Este cenário certamente se repetirá em muitas escolas e leva-nos para outra dimensão do problema do uso dos computadores. Não basta equipar as escolas, mas também formar os professores, arranjar recursos para a manutenção dos equipamentos e incentivar os alunos para o seu uso.
Stoll considera que o uso do computador diminui o tempo de interacção professor-aluno, levantando uma questão interessante. Até que ponto pode o computador prejudicar a relação professor-aluno? Em que medida a diminuição de interacção professor-aluno é prejudicial no processo de ensino-aprendizagem?
Stoll visitou escolas que transformaram salas de música, arte e bibliotecas em salas multimédia! Neste caso concordo com Stoll na sua preocupação! As escolas não devem transformar o computador no recurso único! Corre-se o risco de perder diferentes ambientes de aprendizagem.
Discordo com a posição radical de Stoll mas, aceito que existem alguns riscos que devem ser evitados e/ou minimizados nesta veneração do uso da tecnologia. O uso dos computadores não pode por em causa outros tipos de ferramentas de aprendizagem ou métodos de ensino. A aula não deve apenas sobreviver com o uso do computador mas, usá-lo quando é necessário e vantajoso.


Questões a ponderar….

Será o computador um recurso indispensável ou dispensável?
Quais as vantagens e desvantagens do uso dos computadores no ensino?
Como trabalhar com o excesso de informação que proporcionam?
Como optimizar o uso destas máquinas no processo de ensino-aprendizagem?
De que formas podem mudar o sistema educacional?
Como afectam o tempo de interacção professor-aluno?
Tecnologias Educativas no ensino das Ciências da Natureza...


Porquê uma disciplina de Tecnologias Educativas no curso de Ensino de Ciências da Natureza?...
As tecnologias poderão ser utilizadas para criar novos ambientes e novas ferramentas de aprendizagem. Como futuros professores é indespensável termos a conciência de todos os recursos educativos que podem ser proporcionados pelas tecnologias. Actualmente, vimos já que o papel do professor e do aluno mudaram! As "tradicionais" aulas expositivas devem dar lugar a aulas dinâmicas onde o aluno tem um papel activo e participante no decorrer da aula. As tecnologias podem dar um contributo para dinamizar essas aulas.

Observando também a importância e o alcance que as tecnologias têm na nossa sociedade, é importante termos uma "cultura tecnológica", não só como docentes mas como cidadãos aptos.

fonte:Business Cartoons for Newsletters http://www.glasbergen.com/y2k.html

terça-feira, março 07, 2006



Bem-vindo a este blog....

Foi criado no âmbito da disciplina de Tecnologias Educativas para reflexões sobre as aulas e divulgação dos trabalhos realizados.